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sexta-feira, 14 de setembro de 2012

Desordens dos circuitos neuronais do autismo são reversíveis, diz um novo estudo:


Esta notícia é tão maravilhosa, renova tanto as minhas esperanças, que não poderia deixar de traduzi-la e compartilhá-la.
Reforça também a minha opinião de manter uma dieta mínima em glutamato para autistas, mesmo que por enquanto estudos e médicos digam que não tem nada a ver.
Pra mim faz todo o sentido e tem ajudado sim.

Redes sinápticas em cérebro de roedores de autismo. (Crédito: Stephane Baudouin) 


Tradução Claudia Marcelino.

Science Daily (14 de setembro de 2012) - As pessoas com autismo sofrem de um transtorno invasivo do desenvolvimento do cérebro, que se torna evidente na primeira infância. Peter Scheiffele e Kaspar Vogt, professores do Bio centro da Universidade de Basel, identificaram uma disfunção específica em circuitos neuronais que é causada pelo autismo. Na revista Science, os cientistas também relatam sobre o seu sucesso em reverter essas mudanças neuronais. Estas descobertas são um passo importante no desenvolvimento de medicamentos para o tratamento para o autismo.

Segundo estimativas atuais, cerca de um por cento de todas as crianças desenvolvem um transtorno do espectro autista. Indivíduos com autismo podem apresentar comportamento social prejudicado, padrões rígidos de comportamento e desenvolvimento da fala limitado. O autismo é um distúrbio hereditário de desenvolvimento do cérebro. Um fator de risco principal para o desenvolvimento de autismo são inúmeras mutações em mais de 300 genes que foram identificados, incluindo o gene neuroligina-3, que está envolvido na formação de sinapses, a junção de contato entre as células nervosas.

A perda da neuroligina-3 interfere com a transmissão do sinal neuronal.
As consequências da perda de neuroligina-3 podem ser estudadas em modelos animais. Camundongos sem o gene para a neuroligina-3 desenvolvem padrões comportamentais que refletem aspectos importantes observados no autismo. Em colaboração com o laboratório Roche grupos de pesquisa da Universidade de Basileia já identificaram um defeito no sinal de transmissão sináptica que interfere com a função e plasticidade dos circuitos neuronais.
Estes efeitos negativos são associados com o aumento da produção de um receptor de glutamato neuronal específico, o qual modula a transmissão de sinais entre os neurônios.
Um excesso desses receptores de glutamato inibe a adaptação do sinal de transmissão sináptica durante o processo de aprendizagem, assim perturbando o desenvolvimento e função do cérebro, a longo prazo.

Da maior importância é a constatação de que a impossibilidade de desenvolvimento do circuito neuronal no cérebro é reversível. 

Quando os cientistas reativaram a produção de neuroligina-3 em ratinhos, as células nervosas reduziram a produção de receptores de glutamato para um nível normal e os defeitos estruturais no cérebro típico para o autismo desapareceram. Assim, estes receptores do glutamato podem ser um alvo farmacológico adequado, a fim de parar a desordem de desenvolvimento do autismo, ou mesmo inverter isto.

Visão para o futuro: Medicação para o autismo:

O autismo atualmente não pode ser curado. Atualmente, apenas os sintomas da doença podem ser aliviados por meio de terapia comportamental e outros tratamentos. Uma nova abordagem para o tratamento, no entanto, foi descoberta por meio dos resultados obtidos neste estudo. Em um dos projetos apoiados pela União Europeia, EU-Aims, os grupos de pesquisa da Biozentrum estão trabalhando em colaboração com a Roche e outros parceiros na indústria sobre como aplicar os antagonistas dos receptores de glutamato para o tratamento do autismo e esperança, de que, no futuro, esta desordem possa ser tratada com sucesso em crianças e adultos.
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